Entrevista de Ricardo Tiago - Blog "Pratos Que Falam"
Entrevista realizada por Jonathan
Ao longo da minha vida fui-me "entranhando" na magia da cozinha. Comecei a desenvolver o gosto por preparar jantares especiais para a família e para os amigos e foi o incentivo destes que me levou a criar o Blog.
Quando criei o blog, sempre entendi que este deveria ter mais do que receitas. Queria partilhar aquilo que fazia parte do meu dia a dia, os assuntos que me passeiam pela mente, as imagens que fazem parte da minha existência. Por isso, com um aspeto clean, o Pratos Que Falam surge como um espaço de partilha, culinária e não só, mas sobretudo de experiências de vida que recheiam o nosso quotidiano.
Porquê Pratos Que Falam?
Tudo na vida tem que transmitir uma mensagem: o sorriso, o olhar, o gesto e, então pensei: porque não deixar transparecer pela comida aquilo que nos preenche? Assim nasceu o nome Pratos Que Falam. O Pratos Que Falam diz aquilo que me vai na alma, na cozinha, na vida. O conceito é que aquele o prato que apresento fale com o leitor, lhe comunique aquilo que muitas vezes não partilhamos por palavras.
As publicações do blog remetem-nos sempre primeiramente para uma experiência vivida, para um assunto do quotidiano, para algo que me ocorreu, que li ou que ouvi.
Todas estas sensações se "intrometem" naquilo que acabo por cozinhar para a família. As receitas são sempre fruto daquilo que é feito para eles, para os momentos ao redor da mesa.
Receitas simples, práticas, que despertem sensações. A família concretiza essas sensações usando todos os sentidos, já os leitores conseguem somente pela visão e é por isso mesmo que a fotografia é essencial. Por cá costumamos dizer que primeiramente comemos com os olhos, ora, juntando isso a uma paixão pela fotografia e uma pequena formação pelo meio, acrescento o útil ao agradável: cozinho e fotografo. Cada disparo da minha câmera, traduz aquilo que eu apresento na mesa e revela o que o prato tem na sua essência. Em suma, pela fotografia ajudo o Prato a falar.
Sou um "bom garfo" e sobretudo com uma mente muito aberta.
Por isso mesmo, não gosto de pratos sem cor, sem texturas e sobretudo onde não se consegue distinguir sabores.
Gosto de aromas e sabores ousados. Adoro criar, misturar ervas aromáticas e especiarias, tentar o inusitado e sobretudo criar pratos que levem os outros a retirarem deles uma experiência pessoal e intransmissível.
Ao longo da minha vida profissional fui muitas vezes impedido, por questões de tempo, de aproveitar de momentos pessoais e de intimidade comigo próprio.
O facto de ter vivido um revés profissional, permitiu-me disfrutar um pouco daquilo que me faz bem, de usar a minha criatividade e de dar aos outros um pouco da minha imaginação.
Na cozinha sou eu com os tachos, as minhas certezas, as minhas vontades de arriscar, os meus insucessos, os meus receios. É o meu espaço!
Quando cozinho mergulho no meu mundo, ou seja, um mundo que não vive mergulhado em crises económicas e/ou laborais, um mundo onde é fácil ser-se feliz. É aí que me encontro comigo. Desses encontros saem experiências que partilho com aqueles que me são mais queridos.
Por vezes não precisamos de muito para fazer pequenas maravilhas. Contudo, há coisas que não podem faltar na minha cozinha. Não dispenso o fouet (batedor de arames) e a colher de pau, preciso do meu forno e da minha batedeira e não consigo cozinhar se não tiver ervas aromáticas, especiarias, muitas especiarias... sabores diferentes da minha cultura que me permitam viajar sem sair da cozinha.
Para finalizar preciso de pratos, tacinhas, bases, flores, tudo aquilo que me permita fazer o prato falar.
É difícil escolher receitas preferidas, pois cozinho aquilo que realmente gosto de comer. Contudo e percorrendo um pouco os vários componentes de uma refeição posso destacar como entrada a minha Bruschetta de Caranguejo, Aromatizada com Tomate e Cebolinho (http://pratosquefalam.blogspot.pt/2013/07/bruschetta-de-caranguejo-aromatizada.html), para prato de peixe o meu Bacalhau de Cebolada (http://pratosquefalam.blogspot.pt/2013/07/bacalhau-de-cebolada_23.html), prato de carne o indiscutível Cabrito 7 Aromas (http://pratosquefalam.blogspot.pt/2012/10/cabrito-7-aromas.html). Terminaria com um sedutor e cremoso Mil Folhas de Morango (http://pratosquefalam.blogspot.pt/2012/09/mil-folhas-de-morango.html)
Todas elas revelam misturas e ousadias minhas na cozinha.
Citando o crítico culinário Craig Claiborne: "Cozinhar é simultaneamente uma brincadeira de crianças e um prazer de adultos. Cozinhar com zelo é um ato de amor."
Assim, na cozinha divirtam-se como crianças com o que de mais puro tem a vida, saboreiem as experiências com a maturidade de um adulto e amem, pois amor se paga com amor. É uma bela receita para serem felizes.
Nós entrevistamos Ricardo Tiago - Blog "Pratos Que Falam"!
Visite o blog: Pratos que falam.
Visite o perfil e as receitas de Ricardo Tiago - Blog "Pratos Que Falam".
"Na cozinha divirtam-se como crianças com o que de mais puro tem a vida, saboreiem as experiências com a maturidade de um adulto e amem, pois amor se paga com amor."
Olá Ricardo Tiago - Blog "Pratos Que Falam", conte para nós...
Como você teve ideia de criar o blog Pratos que Falam? Como foi o processo de desenvolvimento do mesmo e de onde surgiu o nome?
Ao longo da minha vida fui-me "entranhando" na magia da cozinha. Comecei a desenvolver o gosto por preparar jantares especiais para a família e para os amigos e foi o incentivo destes que me levou a criar o Blog.
Quando criei o blog, sempre entendi que este deveria ter mais do que receitas. Queria partilhar aquilo que fazia parte do meu dia a dia, os assuntos que me passeiam pela mente, as imagens que fazem parte da minha existência. Por isso, com um aspeto clean, o Pratos Que Falam surge como um espaço de partilha, culinária e não só, mas sobretudo de experiências de vida que recheiam o nosso quotidiano.
Porquê Pratos Que Falam?
Tudo na vida tem que transmitir uma mensagem: o sorriso, o olhar, o gesto e, então pensei: porque não deixar transparecer pela comida aquilo que nos preenche? Assim nasceu o nome Pratos Que Falam. O Pratos Que Falam diz aquilo que me vai na alma, na cozinha, na vida. O conceito é que aquele o prato que apresento fale com o leitor, lhe comunique aquilo que muitas vezes não partilhamos por palavras.
De forma geral, como você aborda cada tema em seu blog, como escolhe as receitas e as fotos?
As publicações do blog remetem-nos sempre primeiramente para uma experiência vivida, para um assunto do quotidiano, para algo que me ocorreu, que li ou que ouvi.
Todas estas sensações se "intrometem" naquilo que acabo por cozinhar para a família. As receitas são sempre fruto daquilo que é feito para eles, para os momentos ao redor da mesa.
Receitas simples, práticas, que despertem sensações. A família concretiza essas sensações usando todos os sentidos, já os leitores conseguem somente pela visão e é por isso mesmo que a fotografia é essencial. Por cá costumamos dizer que primeiramente comemos com os olhos, ora, juntando isso a uma paixão pela fotografia e uma pequena formação pelo meio, acrescento o útil ao agradável: cozinho e fotografo. Cada disparo da minha câmera, traduz aquilo que eu apresento na mesa e revela o que o prato tem na sua essência. Em suma, pela fotografia ajudo o Prato a falar.
Conte-nos sobre algo que você não gosta na Gastronomia. E diga-nos sobre aquilo você mais gosta.
Sou um "bom garfo" e sobretudo com uma mente muito aberta.
Por isso mesmo, não gosto de pratos sem cor, sem texturas e sobretudo onde não se consegue distinguir sabores.
Gosto de aromas e sabores ousados. Adoro criar, misturar ervas aromáticas e especiarias, tentar o inusitado e sobretudo criar pratos que levem os outros a retirarem deles uma experiência pessoal e intransmissível.
Você afirma em sua descrição que a Culinária assume o papel de hobbie e terapia em sua vida. Quando você descobriu a gastronomia a partir deste ponto de vista?
Ao longo da minha vida profissional fui muitas vezes impedido, por questões de tempo, de aproveitar de momentos pessoais e de intimidade comigo próprio.
O facto de ter vivido um revés profissional, permitiu-me disfrutar um pouco daquilo que me faz bem, de usar a minha criatividade e de dar aos outros um pouco da minha imaginação.
Na cozinha sou eu com os tachos, as minhas certezas, as minhas vontades de arriscar, os meus insucessos, os meus receios. É o meu espaço!
Quando cozinho mergulho no meu mundo, ou seja, um mundo que não vive mergulhado em crises económicas e/ou laborais, um mundo onde é fácil ser-se feliz. É aí que me encontro comigo. Desses encontros saem experiências que partilho com aqueles que me são mais queridos.
Em se tratando de utensílios, aparelhos, equipamentos, ingredientes... O que não pode faltar na cozinha?
Por vezes não precisamos de muito para fazer pequenas maravilhas. Contudo, há coisas que não podem faltar na minha cozinha. Não dispenso o fouet (batedor de arames) e a colher de pau, preciso do meu forno e da minha batedeira e não consigo cozinhar se não tiver ervas aromáticas, especiarias, muitas especiarias... sabores diferentes da minha cultura que me permitam viajar sem sair da cozinha.
Para finalizar preciso de pratos, tacinhas, bases, flores, tudo aquilo que me permita fazer o prato falar.
Você tem uma receitapreferida e que gostaria de divulgar para os nossos leitores? O que a torna tão especial para você?
É difícil escolher receitas preferidas, pois cozinho aquilo que realmente gosto de comer. Contudo e percorrendo um pouco os vários componentes de uma refeição posso destacar como entrada a minha Bruschetta de Caranguejo, Aromatizada com Tomate e Cebolinho (http://pratosquefalam.blogspot.pt/2013/07/bruschetta-de-caranguejo-aromatizada.html), para prato de peixe o meu Bacalhau de Cebolada (http://pratosquefalam.blogspot.pt/2013/07/bacalhau-de-cebolada_23.html), prato de carne o indiscutível Cabrito 7 Aromas (http://pratosquefalam.blogspot.pt/2012/10/cabrito-7-aromas.html). Terminaria com um sedutor e cremoso Mil Folhas de Morango (http://pratosquefalam.blogspot.pt/2012/09/mil-folhas-de-morango.html)
Todas elas revelam misturas e ousadias minhas na cozinha.
Deixe uma mensagem, dica ou sugestão para os leitores do Receitas sem Fronteiras?
Citando o crítico culinário Craig Claiborne: "Cozinhar é simultaneamente uma brincadeira de crianças e um prazer de adultos. Cozinhar com zelo é um ato de amor."
Assim, na cozinha divirtam-se como crianças com o que de mais puro tem a vida, saboreiem as experiências com a maturidade de um adulto e amem, pois amor se paga com amor. É uma bela receita para serem felizes.
Obrigada Ricardo Tiago - Blog "Pratos Que Falam" por responder nossas perguntas! Até breve
Publicado por Mélanie - 12/08/2013
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