Marcha das mulheres promete unir cidades de todo o mundo contra Donald Trump
#NãoSejasTrump
Ainda nem tomou posse como Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump já vem enfrentando oposição organizada por parte de vários setores da sociedade americana e do mundo, ao que parece.
Desta vez, parece que serão as mulheres, que prometem reunir mais de 200 mil pessoas em Washington, para a "Marcha das Mulheres" (Women's March) algo que, segundo sua principal precursora, não tem como foco principal promover atos contra Trump, mas, sim, "pró-mulheres", mostrando que os direitos das mulheres são "direitos humanos", sobretudo.
Teresa Shook, frisa que não é ativista feminista, não pertencendo a nenhum sindicato ou organização defensora dos direitos humanos. Em entrevista ao jornal Washington Post, afirmou que a marcha se materializou através de um post seu, no facebook, quando perguntou: “E se as mulheres marchassem em massa em Washington no dia da tomada de posse de Donald Trump?”. Comenta ainda, que imediatamente obteve resposta positiva de 40 mulheres, ao que, no dia seguinte, já eram mais 10 mil mulheres confirmando interesse em participar da marcha.
A reunião se concentrará em Washington, recepcionando pessoas de várias cidades dos Estados Unidos, que marcharão, inclusive, em conjunto com outras cidades do mundo, inclusive de Portugal, chamadas de "marchas-irmãs".
A visibilidade da "marcha" só vem aumentando, inclusive, pela adesão de uma organização que promove serviços de saúde nos EUA, a Planned Parenthood, que agregou o movimento em dezembro passado. E não para por aí, tendo em vista que a madrinha da marcha é a célebre ativista feminista, Gloria Steinem, ao lado do músico e ativista, Harry Belafonte.
Apesar do foco da manifestação ser 'pró-mulheres", a liderança do movimento tem frisado o caráter de diversidade e a larga abrangência e interseção entre as suas várias reivindicações, que englobam questionamentos diversos, inclusive sobre o racismo, os direitos reprodutivos, ambientais/ambiente, questões LGBTQ, direitos dos imigrantes e discursos de ódio contra mulçumanos.
Tamika Mallory, também organizadora do evento, disse ao jornal Washington Post: “Queremos deixar uma franca e clara demonstração a este país a nível local e nacional de que não permaneceremos silenciosas e que não deixaremos que ninguém reverta direitos pelos quais combatemos e que conquistámos”.
Várias celebridades confirmaram presença ao evento do dia 21 de janeiro, incluindo Scarlett Johansson, Cher, Katy Perry, Julianne Moore, Patricia Arquette, Frances McDormand, Jessica Chastain, Debra Messing, Olivia Wilde, America Ferrera e Amy Schumer.
“Como artistas, mulheres e, acima de tudo, americanas dedicadas, é fundamental que lutemos juntas pela proteção, dignidade e direitos das nossas comunidades. Os direitos dos imigrantes, dos trabalhadores, os direitos reprodutivos, dos homossexuais, de justiça racial e ambientais não são interesses especiais, afetam-nos a todos e deveriam ser uma preocupação de todos os americanos”, frisa America Ferrera, atriz célebre pela série “Betty Feia” e líder de uma comissão de mulheres artistas.
Já estão confirmadas 270 "marchas-irmãs", espalhadas por 32 países, com destaque para Portugal, que já tem o evento confirmado em Lisboa, Porto e Braga, iniciativa de ativistas e organizações, que tratam de diversos temas, desde o racismo até o clima.
“Levantamo-nos contra Trump, contra as ideias misóginas e as políticas sexistas que anuncia. Nem lá nem cá permitiremos a trumpização das nossas vidas”, escreve Andrea Peniche, uma das organizadoras da iniciativa no Porto.
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