Entrevista de Suzana
Entrevista realizada por Jonathan
Eu venho de uma família em que a cozinha é o centro da casa e tudo se discute à mesa. Falamos sobre os ingredientes, receitas novas e velhas, o que vamos cozinhar ou comer na refeição seguinte... A comida é um assunto recorrente entre nós.
Decidi começar o blog para colocar as receitas que amigos e família me iam pedindo. E quando comecei tinha a convicção que ninguém mais teria interesse para além deles. Foi com surpresa que verifiquei que muitas pessoas liam e seguiam o blog. Desde aí o blog é parte da minha vida de todos os dias.
Fica um sentimento muito bom quando podemos partilhar com os outros o nosso amor por alguma coisa. E eu adoro cozinhar, comer e falar sobre comida!
Procuro que a minha cozinha seja equilibrada e saudável. Na maioria das vezes são os produtos da estação que ditam o que se come cá em casa. Depois os livros dão uma ajuda na hora de decidir o que fazer com eles. Mas a inspiração pode vir de qualquer coisa. Numa ou noutra ocasião tudo começa com uma ideia que vem duma viagem ou de um prato provado algures. Vai tudo acontecendo ao sabor das vontades e dos apetites do momento.
Fotografo os ingredientes quando os trago do mercado ou quando os preparo. As fotografias do prato cozinhado são feitas na hora de comer, normalmente na bancada na cozinha ou nas mãos do meu marido quando o prato vai para a mesa. Se a refeição é com mais pessoas, é´já na mesa que fotografo à medida que todos se vão servindo.
Não gosto nada de lavar a loiça!
Gosto muito de pôr a mesa para a família e para os amigos do coração e partilhar com eles um tacho de comida acabada de fazer. Para mim, é a melhor forma de lhes dizer quanto os adoro.
Na verdade não só é possível como deve ser o objectivo de todos. Um orçamento reduzido pode servir para repensar a nossa alimentação. Ela deve ser diversificada e equilibrada, fazendo uso de ingredientes diferentes (vegetais, cereais, leguminosas, frutos secos, sementes, etc.) e contendo os nutrientes certos na proporção certa (por exemplo, apenas a quantidade de proteína necessária para cada um). Depois é preciso eliminar os desperdícios e usar todos os ingredientes de uma forma inteligente.
As minha dicas principais são:
1. Compre o menos possível alimentos processados. São mais caros e não sabemos o que contêm. Por exemplo, fazer bolachas e biscoitos em casa fica mais barato, é mais saudável porque sabemos os ingredientes que usámos e é sempre divertido!
2. Não compre por impulso. Pense nas possibilidades para o que vai comprar e nas refeições que pode fazer com esses ingredientes. Fazer pratos diferentes com os mesmos ingredientes mas com sabores diferentes (use ervas e especiarias diferentes) é uma maneira de utilizar os ingredientes mais baratos, que normalmente são os da estação. São também os mais saborosos.
3. Use os ingredientes até ao fim e não deite comida fora. Se a carne tem ossos, eles podem ser usados para fazer caldo com as cascas das cenouras e a rama do alho porró (bem lavados). Se sobrou uma pequena quantidade de vegetais cozinhados, eles podem servir como base para uma sopa.
4. Seja imaginativo e experimente receitas novas. Cozinhar sempre os mesmos ingredientes da mesma forma leva-nos a cometer os mesmos erros. Experimentar alternativas pode abrir os horizontes e oferecer novas possibilidades.
Não vivo sem as minhas facas e os meus tachos de ferro. Preciso sempre de ervas frescas. Coentros, tomilho e manjericão. As especiarias que mais uso são canela, cominhos e pimenta preta. Azeite e limões. E depois há os doces. A minha fiel batedeira, as formas de metal e a minha balança digital. vegetais e fruta fresca. Agora a minha cozinha está repleta de morangos, cerejas, pêssegos. É uma felicidade!
Gosto muito de vegetais recheados. A minha receita de pimentos vermelhos com carne é muito procurada ( http://gourmets-amadores.blogspot.pt/2012/08/pimentos-recheados-para-um-fim-de-tarde.html ). Nos doces, os meus bolos e sobremesas têm muitas vezes fruta. É o caso de um dos meus clafoutis favoritos com damascos e pistácios ( http://gourmets-amadores.blogspot.pt/2012/06/clafoutis-de-damascos-com-pistacios.html ).
Há sempre um sorriso guardado para um prato de comida saboroso. Cozinhar para as pessoas mais queridas é essa procura dos sorrisos gulosos de quem come e gosta. E isso é um prazer também para quem cozinha. Boas partilhas e muitos sorrisos!
Nós entrevistamos Suzana!
Visite o blog: Gourmets Amadores.
Visite o perfil e as receitas de Suzana.
"Há sempre um sorriso guardado para um prato de comida saboroso."
Olá Suzana, conte para nós...
Como você teve ideia de criar o blog ‘Gourmets Amadores’. Como se deu o desenvolvimento do mesmo?
Eu venho de uma família em que a cozinha é o centro da casa e tudo se discute à mesa. Falamos sobre os ingredientes, receitas novas e velhas, o que vamos cozinhar ou comer na refeição seguinte... A comida é um assunto recorrente entre nós.
Decidi começar o blog para colocar as receitas que amigos e família me iam pedindo. E quando comecei tinha a convicção que ninguém mais teria interesse para além deles. Foi com surpresa que verifiquei que muitas pessoas liam e seguiam o blog. Desde aí o blog é parte da minha vida de todos os dias.
Fica um sentimento muito bom quando podemos partilhar com os outros o nosso amor por alguma coisa. E eu adoro cozinhar, comer e falar sobre comida!
De forma geral, como você aborda cada tema em seu blog, como escolhe as receitas e as fotos?Existe um tema/área em especial que te interessa mais na Culinária?
Procuro que a minha cozinha seja equilibrada e saudável. Na maioria das vezes são os produtos da estação que ditam o que se come cá em casa. Depois os livros dão uma ajuda na hora de decidir o que fazer com eles. Mas a inspiração pode vir de qualquer coisa. Numa ou noutra ocasião tudo começa com uma ideia que vem duma viagem ou de um prato provado algures. Vai tudo acontecendo ao sabor das vontades e dos apetites do momento.
Fotografo os ingredientes quando os trago do mercado ou quando os preparo. As fotografias do prato cozinhado são feitas na hora de comer, normalmente na bancada na cozinha ou nas mãos do meu marido quando o prato vai para a mesa. Se a refeição é com mais pessoas, é´já na mesa que fotografo à medida que todos se vão servindo.
Conte-nos sobre algo que você não gosta na Gastronomia. E também sobre o que você mais gosta.
Não gosto nada de lavar a loiça!
Gosto muito de pôr a mesa para a família e para os amigos do coração e partilhar com eles um tacho de comida acabada de fazer. Para mim, é a melhor forma de lhes dizer quanto os adoro.
Conte-nos mais sobre o Projecto 4 por 6. Realmente é possível fazer uma boa refeição com um orçamento reduzido? Quais dicas vocês daria aos nossos leitores neste sentido?
Na verdade não só é possível como deve ser o objectivo de todos. Um orçamento reduzido pode servir para repensar a nossa alimentação. Ela deve ser diversificada e equilibrada, fazendo uso de ingredientes diferentes (vegetais, cereais, leguminosas, frutos secos, sementes, etc.) e contendo os nutrientes certos na proporção certa (por exemplo, apenas a quantidade de proteína necessária para cada um). Depois é preciso eliminar os desperdícios e usar todos os ingredientes de uma forma inteligente.
As minha dicas principais são:
1. Compre o menos possível alimentos processados. São mais caros e não sabemos o que contêm. Por exemplo, fazer bolachas e biscoitos em casa fica mais barato, é mais saudável porque sabemos os ingredientes que usámos e é sempre divertido!
2. Não compre por impulso. Pense nas possibilidades para o que vai comprar e nas refeições que pode fazer com esses ingredientes. Fazer pratos diferentes com os mesmos ingredientes mas com sabores diferentes (use ervas e especiarias diferentes) é uma maneira de utilizar os ingredientes mais baratos, que normalmente são os da estação. São também os mais saborosos.
3. Use os ingredientes até ao fim e não deite comida fora. Se a carne tem ossos, eles podem ser usados para fazer caldo com as cascas das cenouras e a rama do alho porró (bem lavados). Se sobrou uma pequena quantidade de vegetais cozinhados, eles podem servir como base para uma sopa.
4. Seja imaginativo e experimente receitas novas. Cozinhar sempre os mesmos ingredientes da mesma forma leva-nos a cometer os mesmos erros. Experimentar alternativas pode abrir os horizontes e oferecer novas possibilidades.
Em se tratando de utensílios, aparelhos, equipamentos, ingredientes... O que não pode faltar na cozinha?
Não vivo sem as minhas facas e os meus tachos de ferro. Preciso sempre de ervas frescas. Coentros, tomilho e manjericão. As especiarias que mais uso são canela, cominhos e pimenta preta. Azeite e limões. E depois há os doces. A minha fiel batedeira, as formas de metal e a minha balança digital. vegetais e fruta fresca. Agora a minha cozinha está repleta de morangos, cerejas, pêssegos. É uma felicidade!
Dentre suas receitas, você tem uma preferida e que gostaria de indicar para os nossos leitores? O que a torna tão especial para você?
Gosto muito de vegetais recheados. A minha receita de pimentos vermelhos com carne é muito procurada ( http://gourmets-amadores.blogspot.pt/2012/08/pimentos-recheados-para-um-fim-de-tarde.html ). Nos doces, os meus bolos e sobremesas têm muitas vezes fruta. É o caso de um dos meus clafoutis favoritos com damascos e pistácios ( http://gourmets-amadores.blogspot.pt/2012/06/clafoutis-de-damascos-com-pistacios.html ).
Você poderia deixar uma mensagem, dica ou sugestão para os leitores do Receitas sem Fronteiras?
Há sempre um sorriso guardado para um prato de comida saboroso. Cozinhar para as pessoas mais queridas é essa procura dos sorrisos gulosos de quem come e gosta. E isso é um prazer também para quem cozinha. Boas partilhas e muitos sorrisos!
Obrigada Suzana por responder nossas perguntas! Até breve
Publicado por Mélanie - 12/08/2013
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