Entrevista de Palomazara
Entrevista realizada por Lex
Meu primeiro blog foi de crônicas e poesias, nele, comecei a escrever alguns textos sobre Madrid, onde estava estudando na época. Na cidade, havia um restaurante chamado como me lo como, onde quando eu tinha um dinheirinho extra, eu ia jantar. Decidi criar um novo blog com cronicas e poemas sobre comida e homenageei este pequeno restaurante. Até meus 25 anos eu cozinhava somente pra mim, para matar a solidão, convidando amigos para jantar. Sempre tinha um rango na geladeira para quem chegasse. Aos 28 decidi abrir a empresa de catering e projetos de gastronomia, a Como Me Lo Como
Puxa... São muitas! Acredito que hoje, o "ser profissional" é polifônico. Minha formação é jornalística, depois produtora cultural e depois cozinheira. Acho que tudo isso serve com bagagem e, como não aproveitar o melhor de todo o meu conhecimento. Pode parecer muita coisa para se tocar, mas consigo permear todos os lados das minhas profissões: quando não estou cozinhando, estou produzindo ou escrevendo.
Acredito que hoje está uma nova filosofia de trabalho geral, porque não fazer um pouco de tudo? Exige sim muita concentração e as vezes é estafante. Mas com certeza, nunca me sentirei frustada.
Uma empresária multifacetada. Consigo ver de diversos anglos os problemas e as soluções. Acho que não incomoda as pessoas eu ter mais de um viés profssional, pelo contrario, acho que os clientes gostam pois eu posso sempre oferecer a eles algo novo, inovador.
Uma experiêcia moderna, contemporânea. Não gosto da caretice nem do corporativismo. Por isso virei dona do meu negócio, como cliente. Quero alguém que possa pensar junto e não somente executar algo que eu estou pagando. A criatividade deve ser dinâmica entre cliente e profissional.
Amo livros de história da gastronomia, romances que envolvam cozinha e livros de cozinha antigos. A internet também uma ótima fonte de conhecimento se você souber buscar nela.
Na cozinha não pode faltar meu processador de alimentos, rs. Facilita muito a vida, ainda mais quando você tem que cozinhar para 300 pessoas. E minha faca japonesa feita a mão. Presente de Papai.
Sim. A minha comunicação é para "iniciados" ou seja, eu sei que a panela da revista não é como a que temos em casa, nem o fogão, nem a balança. Acho muito frustante replicar receitas de revistas que no fundo passam a receita não para um consumidor final, aquele que usa a frigideirinha de teflon em casa. Por isso não uso quantidades, isso pode dificultar para quem precisa do BaB, por isso a questão do "iniciado". Mas ao mesmo tempo eu me aproximo humanamente da realidade do leitor: olha o bife, como ele tá pra você? As pessoas precisam desenvolver a autoconfiança na coziniha e isso só é possível se ela tiver a liberdade de escolha e decisão.
Puxa... tenho algumas que eu adoraria repetir sem parar. Uma delas é com certeza é o arroz de rabada, que faço mais leve, marinando durante muito tempo. Um arroz bem molhado e cítrico. Outra criação que eu realmente adoro um risoto com molho de tomate pelati. Risoto de arroz normal, sem vinho, com tomate pelado e as vezes sem queijo. Será que cabe aqui a receita? Rs
Conseguir seguir as receitas passo a passo. Qualquer uma delas, eu me confundo toda, sempre. Odeio ter que seguir passo a passo, mas muitas vezes (sempre), temos que aprender a base para poder criar...
Se ame e ame seu corpo. O alimento não é o seu inimigo. Vivemos hoje num mundo onde enfiam dietas e estilos de vida goela a dentro. Eu sou da teoria que não se deve deixar de fazer nada. O que mata é o vício e não a delícia ou o prazer da comida.
=)
x
Nós entrevistamos palomazara!
Visite o blog: Como Me Lo Como.
Visite o perfil e as receitas de palomazara.
Olá palomazara, conte para nós...
Como começa sua história com a cozinha? Quando surge a vontade de escrever um blog?
Meu primeiro blog foi de crônicas e poesias, nele, comecei a escrever alguns textos sobre Madrid, onde estava estudando na época. Na cidade, havia um restaurante chamado como me lo como, onde quando eu tinha um dinheirinho extra, eu ia jantar. Decidi criar um novo blog com cronicas e poemas sobre comida e homenageei este pequeno restaurante. Até meus 25 anos eu cozinhava somente pra mim, para matar a solidão, convidando amigos para jantar. Sempre tinha um rango na geladeira para quem chegasse. Aos 28 decidi abrir a empresa de catering e projetos de gastronomia, a Como Me Lo Como
Você é uma multiprofissional da gastronomia: além de cozinhar, você organiza eventos, tem uma linha própria de produtos, escreve para diversas revistas de circulação nacional e tem seu trabalho divulgado em outras mídias. Quais são as dores e as delícias de ser Paloma Zaragoza?
Puxa... São muitas! Acredito que hoje, o "ser profissional" é polifônico. Minha formação é jornalística, depois produtora cultural e depois cozinheira. Acho que tudo isso serve com bagagem e, como não aproveitar o melhor de todo o meu conhecimento. Pode parecer muita coisa para se tocar, mas consigo permear todos os lados das minhas profissões: quando não estou cozinhando, estou produzindo ou escrevendo.
Acredito que hoje está uma nova filosofia de trabalho geral, porque não fazer um pouco de tudo? Exige sim muita concentração e as vezes é estafante. Mas com certeza, nunca me sentirei frustada.
Como empresária, qual o tipo de experiência você procura passar para seus clientes?
Uma empresária multifacetada. Consigo ver de diversos anglos os problemas e as soluções. Acho que não incomoda as pessoas eu ter mais de um viés profssional, pelo contrario, acho que os clientes gostam pois eu posso sempre oferecer a eles algo novo, inovador.
E como cliente, qual o tipo de experiência você busca?
Uma experiêcia moderna, contemporânea. Não gosto da caretice nem do corporativismo. Por isso virei dona do meu negócio, como cliente. Quero alguém que possa pensar junto e não somente executar algo que eu estou pagando. A criatividade deve ser dinâmica entre cliente e profissional.
Onde você busca inspiração para cozinhar? E qual utensílio não pode faltar em sua cozinha?
Amo livros de história da gastronomia, romances que envolvam cozinha e livros de cozinha antigos. A internet também uma ótima fonte de conhecimento se você souber buscar nela.
Na cozinha não pode faltar meu processador de alimentos, rs. Facilita muito a vida, ainda mais quando você tem que cozinhar para 300 pessoas. E minha faca japonesa feita a mão. Presente de Papai.
Uma característica do seu blog é ter as receitas escritas em forma de texto corrido, como se fosse uma conversa, fugindo ao padrão que vemos por aí. Por que você optou por esse estilo? Você acredita que ele é um diferencial seu?
Sim. A minha comunicação é para "iniciados" ou seja, eu sei que a panela da revista não é como a que temos em casa, nem o fogão, nem a balança. Acho muito frustante replicar receitas de revistas que no fundo passam a receita não para um consumidor final, aquele que usa a frigideirinha de teflon em casa. Por isso não uso quantidades, isso pode dificultar para quem precisa do BaB, por isso a questão do "iniciado". Mas ao mesmo tempo eu me aproximo humanamente da realidade do leitor: olha o bife, como ele tá pra você? As pessoas precisam desenvolver a autoconfiança na coziniha e isso só é possível se ela tiver a liberdade de escolha e decisão.
Você conta que "receita não se copia, se recria". Qual recriação sua merece ser divulgada a todos? Você pode ensiná-la para nós?
Puxa... tenho algumas que eu adoraria repetir sem parar. Uma delas é com certeza é o arroz de rabada, que faço mais leve, marinando durante muito tempo. Um arroz bem molhado e cítrico. Outra criação que eu realmente adoro um risoto com molho de tomate pelati. Risoto de arroz normal, sem vinho, com tomate pelado e as vezes sem queijo. Será que cabe aqui a receita? Rs
Qual foi seu maior desafio culinário até hoje?
Conseguir seguir as receitas passo a passo. Qualquer uma delas, eu me confundo toda, sempre. Odeio ter que seguir passo a passo, mas muitas vezes (sempre), temos que aprender a base para poder criar...
Seu slogan é "o amor está em cada grão". Quais são os grãos de amor que você gostaria de deixar para nossos leitores?
Se ame e ame seu corpo. O alimento não é o seu inimigo. Vivemos hoje num mundo onde enfiam dietas e estilos de vida goela a dentro. Eu sou da teoria que não se deve deixar de fazer nada. O que mata é o vício e não a delícia ou o prazer da comida.
=)
x
x
Obrigada palomazara por responder nossas perguntas! Até breve
Publicado por Lex - 18/07/2014
Se você é blogueiro, chefe de cozinha, trabalha na indústria alimentícia ou tem um site de culinária ou gastronomia e gostaria de compartilhá-lo com nossa comunidade, entre em contato conosco.
Ficaremos muito felizes em tê-lo no Receitas sem Fronteiras!
Comente esta entrevista